sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Entrámos os três no elevador e ele deixou cair o boné. 
O pai diz: “Filho, apanha o boné.”
Ele adora ver a porta subir (ou descer), canta, dança, grita “subir! Descer!”. Claro que não ouviu e o pai sobe o tom “Eduardo, apanha o boné!”
Resposta: uhuhhhuhuuuuhh, sobe! Sobe! Sobeee!”
Fiz-lhe sinal para não dizer mais nada até chegarmos ao R/C. Assim foi, “Chegamos! Apanha o boné filho”, ele apanhou, e continuou feliz da vida! 
A opção B seria: O pai enerva-se porque o miúdo não o ouve, faz-lhe mesmo ouvidos moucos! A voz engrossa, se for preciso umas palmadas, e “o boné continua no chão”! Já temos pai e filho enervados para começar bem o dia… A partir daí é só a piorar. Quem nunca passou por isto??
O que gosto mais de estar em casa com ele é de ter tempo de o conhecer, saber quando ele está ou não aberto a ouvir-nos. Não, ele não tem de ouvir sempre porque, convenhamos, nós também não ouvimos toda a gente, todas as vezes, no mesmo segundo em que falam! Saber que um convite, “está na hora de lavar os dentes” com um sorriso, voz calma e a levá-lo pela mão, é muito mais bem aceite do que uma ordem “vem já lavar os dentes!” com cara feia e um dedo no nariz.
Por isto é que a Disciplina Positiva ajuda, só temos de saber usá-la! Aproveitar cada situação para conhecermos mais os nossos filhos, os seus gostos e limites, as suas vontades. Sem gritos, sem ordens... Com compreensão, respeito, empatia e sim, doses extras de paciência!!


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